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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Como a Nutrição desportiva pode melhorar o desempenho do atleta?

Aprenda a identificar e corrigir erros na alimentação através dos benefícios da Nutrição Desportiva

Nutrição e Desporto são áreas que se complementam e é difícil pensar em um sem abordar o outro. Muitas vezes, uma alimentação equilibrada não é suficiente para deixar o indivíduo saudável sem um exercício físico adequado. E para um atleta, é de extrema importância priorizar uma alimentação que trará, além de rendimento, uma boa saúde.
Mesmo sabendo da importância de trabalhar os dois temas de forma conjunta, surgem as perguntas: Qual a melhor forma de abordar a alimentação no desporto? Como posso melhorar o desempenho desportivo do meu cliente através do acompanhamento nutricional?
Nutrição hoje está  muito presente nas mídias e quase todo mundo acha que que domina os conteúdos da área, não é mesmo? Quem nunca trombou com aquele amigo ou amiga que deu uma dica da dieta "milagrosa" que viu em algum lugar? Além disso, por ser uma ciência ”nova”, muitas vezes nós profissionais nos deparamos com muitas mudanças de conceitos e temos que aprender a lidar com tal fato. Recebo diariamente no meu consultório pessoas com ideias já pré-formadas sobre o que é interessante ou não introduzir na alimentação.
O mercado relacionado ao desporto e actividade física está cada vez mais forte no Brasil e, antes mesmo de ajustes necessários à dieta, os indivíduos já estão fazendo uso de diversos suplementos alimentares. Na minha opinião, este é um dos maiores desafios do nutricionista hoje em relação ao auxilio à prática desportiva: fazer com que a pessoa entenda que, mais importante do que o uso de qualquer suplemento, é ajustar primeiramente a alimentação, pois é muito comum identificarmos algumas falhas na maneira como essa pessoa se alimenta.

 

Quais os principais erros alimentares cometidos no desporto?

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É preciso ter consciência de que, além de introduzir uma nova alimentação, será preciso consertar alguns equívocos para que o acompanhamento desse atleta ou praticante de atividade física tenha os resultados esperados.
Vamos a um exemplo clássico: recebo com bastante frequência pessoas consumindo WheyProtein após o treino de resistência. Já se é sabido que o WheyProtein é um suplemento riquíssimo em leucina e insulinotrópico (ou seja, que faz estimulo ao hormônio insulina). Tanto a leucina quanto o aumento de insulina são capazes de estimular uma via importantíssima para a síntese proteína (mTOR), além de fornecer substrato (proteína) para que isso aconteça. Contudo, de nada adianta um estímulo à síntese proteica pós-treino se os ajustes de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais) de todo o dia não forem feitos. Isso não significa que os alimentos ou suplementos escolhidos são prejudiciais, mas que o seu uso sem o acompanhamento e dose devidos não vai produzir o efeito desejado e ainda pode ser prejudicial à saúde.
De acordo com a minha experiência trabalhando com Nutrição Desportiva, os três hábitos alimentares mais comuns no meio são:
1 º) Uso de suplementos alimentares de maneira não orientada ou orientados por profissionais não capacitados para tal, sem ajustar primeiro a alimentação.
2º) Supervalorização do consumo de proteína por praticantes de treinamento resistido (musculação). Nesse caso, uma boa distribuição energética ajustando proteína, carboidrato e gordura de acordo com o peso de cada indivíduo são muito mais eficazes.
3º) Consumo exagerado de carboidratos, muitas vezes de qualidade ruim, por praticantes de endurance e pouca valorização do consumo proteico pelos mesmos.
E essa alimentação incorrecta prejudica muito o atleta, que passa a ter dificuldade para alcançar seu objectivo, com queda de rendimento e pouca recuperação após a sessão de treino.
Diante do consumo incorrecto de alimentos e suplementos e da importância da Nutrição nesses casos, é comum que o profissional da área se pergunte: “quais desportos e/ou actividades físicas requerem um maior cuidado por minha parte?”. E a resposta é mais simples do que se pensa: todas!
A variedade de exercícios físicos na actualidade é realmente grande, sendo que alguns ganham mais repercussão na mídia e outros possuem práticas tão específicas que requerem um trabalho diferenciado de acompanhamento. Mas, apesar de não haver problema nenhum em se especializar no auxílio a um tipo de exercício que te interessa ou que está em voga, é muito importante ter em mente que toda actividade exige um grande cuidado.  A diferença vai estar na maneira em que será abordado cada caso, considerando sempre o que o cliente precisa em termos de performance e o que será mais saudável no seu dia-a-dia. É por isso que, entender como funciona a bioenergética dos tipos de actividades é de extrema importância para uma abordagem em Nutrição Desportiva e torna mais fácil a conduta diante da grande gama de actividades praticadas.

 

Como a Nutrição Desportiva pode melhorar o desempenho do atleta?

como-a-nutricao-esportiva-pode-melhorar-o-desempenho-do-atleta-3Até agora já sabemos que o trabalho da Nutrição auxilia o atleta e o praticante de exercícios na criação de uma rotina mais saudável e eficiente. Mas quais são os reais efeitos então de uma alimentação correta nesses casos?
Bom, em termos de resposta física à mudança alimentar, o acompanhamento nutricional é capaz de melhorar a formação de energia, aumentando o rendimento e, principalmente, ajudando na recuperação muscular e dos estoques de energia para que o atleta  possa cumprir as sessões de treino sem prejuízos de desempenho  e de saúde.


Por meio do acompanhamento nutricional, o atleta e/ou praticante de actividade física não é somente capaz de apenas manter um bom estado nutricional, com peso, percentual de gordura e massa muscular ideais. Com uma boa alimentação, ele passa a conservar um estado óptimo de macro, micronutrientes e compostos bioativos, que são de extrema importância para: uma boa formação de energia (melhora da função mitocondrial); um óptimo funcionamento de sistemas de defesa, melhorando a imunidade; combate ao stress oxidativo (gerado naturalmente pela actividade, mas que não deve estar em excesso!) e da inflamação, o que reduz em muito os riscos de lesões musculares e articulares; melhorar a produção hormonal; e corrigir desequilíbrios intestinais.


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