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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

PRÓSTATA - FIQUE ATENTO!


ALGUÉM AQUI JÁ SE PREOCUPOU COM A PRÓSTATA?

1° O que é a próstata? Uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino e contribui produzindo e secretando diversas substancias no liquido ejaculatório, como por exemplo: zinco (fundamental para proteção dos espermatozoides), ácido cítrico (que mantém os níveis de Ph adequados para sobrevivência dos espermatozoides), fosfatase ácida prostática, o próprio PSA, etc.

2° O que é PSA? O antígeno prostático específico é uma protease da família das calicreinas sintetizada no epitélio prostático e excretada no fluido seminal. Há outros tecidos do corpo que tbm produzem PSA, mas em quantidades tão pequenas que não chegam a alterar os níveis plasmáticos e por isso o PSA pode ser classificado como um marcador órgão-específico. Os valores considerados normais ao exame são até 4ng/ml para PSA total. O PSA livre não é pedido de rotina, porque o protocolo mais atual determina sua solicitação somente quando os valores do PSA total forem entre 2,5 e 10ng/ml.

O estudo da regulação hormonal do PSA revelou que o gene regulador é diretamente relacionado com os hormônios androgênicos. Portanto, medicamentos que afetam a produção ou o metabolismo dos andrógenos influenciam os níveis séricos do PSA.

Porém, vocês lembram aquela máxima da medicina: “ TRATAR O PACIENTE E NÃO O EXAME DELE” ? Então, ela se encaixa perfeitamente mais uma vez.

O PSA pode sofrer alterações nos seus valores por diversas causas, sem que isso represente de fato que a glândula está aumentada. Algumas situações como trauma genital, infecção, ejaculação, massagem prostática podem elevar o PSA. 

Então fica a pergunta: como saber se minha próstata está com alguma alteração sem ter feito exame?

É importante saber que existem 3 condições patológicas principais que podem ocasionar aumento da próstata: infecção bacteriana (prostatite), hiperplasia prostática benigna (HPB) e câncer de próstata. Mas para os usuários de esteroides creio que seja mais relevante a hiperplasia prostática benigna, uma vez que ela está mais relacionada às alterações androgênicas. Quero deixar claro que o objetivo do texto NÃO é determinar se o usuário de esteroide terá alguma dessas patologias, ate porque a comprovação disso ainda não se fez. O objetivo é alertar para a existência desse problema e como suspeitar precocemente.

De modo geral, os sintomas relacionados a alterações da próstata se dividem em 2 grandes grupos: sintomas irritativos e sintomas obstrutivos.

Os sintomas irritativos são: polaciúria (aumento da frequência urinária com pouco volume de urina em cada vez), disúria ( dor ao ato miccional), urgência/incontinência urinária e nictúria (aumento da necessidade de urinar durante a noite).

Já os sinais obstrutivos são mais mecânicos: sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, jato urinário fraco, hesitação miccional (tem vontade de urinar mas não consegue soltar a urina) e intermitência (interrupção espontânea da micção e retorno após um intervalo de tempo).

Como foi dito anteriormente, tanto o tamanho da próstata quanto os valores de PSA podem ser alterados pelo uso de andrógenos, e uma das comprovações disso é que o tratamento para os casos de HPB provém de duas frentes: medicamentos bloqueadores alfa-adrenérgicos que diminuem o tônus prostático e a resistência do colo da bexiga melhorando rapidamente o fluxo urinário (como Terazosin, Doxazosina), e no caso de próstatas bem aumentadas, drogas antiandrogenicas que promovem atrofia do epitélio glandular.
Entre as drogas antiandrogênicas está a finasterida, dutasterida, bloqueadores da 5 alfa-redutase, enzima responsável pela conversão da testosterona em DHT.

É importante ressaltar que NÃO é necessário incluir esse medicamento na sua TPC, porque de modo geral os sintomas se revertem com a cessação do uso do esteroide mesmo que lentamente ou até mesmo nem aparecem. Porém, se os sintomas listados a cima forem percebidos e tiverem relevância na sua qualidade de vida, vale a pena procurar orientação médica e iniciar o tratamento. 

Como o nome da doença já diz, HPB é um processo benigno e NÃO tem nenhuma relação com o câncer de próstata. Uma HPB NUNCA irá evoluir para um câncer, essas patologias têm fisiologias distintas e acometem regiões diferentes da próstata. 

Para encerrar, quero esclarecer alguns dos efeitos colaterais causados pela efedrina.
A efedrina é uma substancia agonista dos receptores adrenérgicos tanto os alfa-receptores ( 1 e 2) quanto os beta-receptores ( 1,2 e 3). E isso significa que ela possui a capacidade de induzir a liberação de adrenalina e epinefrina, o que aumenta o estado de alerta/vigia, condição interessante para um pré-treino, além disso, ela causa bronco dilatação que tbm é muito benéfica, pois melhora a qualidade respiratória, age determinando lipólise, através dos receptores Beta 3 adrenérgicos, etc.
Mas o ponto aonde eu quero chegar é que a efedrina, por causar uma vasoconstrição periférica (de toda superfície corporal) e por estimular os receptores alfa, acaba interferindo tanto no tônus da musculatura prostática (sensível aos receptores alfa 1 adrenérgicos) quanto na capacidade de ereção. O aumento do tônus da musculatura prostática pode levar a distúrbios urinários por comprimir a 1° porção da uretra que é a uretra prostática (passa por dentro da próstata) e a dificuldade de ereção é devida a essa vasoconstrição, pois o princípio básico da ereção peniana é a VASODILATAÇÃO no sistema venoso, para que haja maior irrigação nos corpos cavernosos, os quais uma vez “entupidos de sangue” comandam, juntamente com SNC e medula, o início e a manutenção da ereção.
Vale deixar claro que esses colaterais são todos chamados dose-dependente e uso-dependente, ou seja, diminuindo a dose ou cessando o uso, esses efeitos tendem a desaparecer sozinhos.

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